No dia 18 de junho, o Ministro da Habitação, Cidade e Território da Colômbia,Helga María Rivas Ardila, e o Vice-Ministro da Água e Saneamento Básico,Edward Steven Mamby Livreiros, teve um encontro com o Presidente da Conferência Eclesiástica da Amazônia (CEAMA),Cardeal Pedro Barreto, e o Reitor do Instituto Universitário de Água e Saneamento (IUAS),Luis Liberman.
O objetivo do encontro foi criar um espaço de troca de conhecimentos sobre o direito à água como bem comum, com atenção especial às populações vulneráveis da Amazônia, e promover a colaboração entre o Ministério da Habitação da Colômbia, oEUUASe a CEAMA.
Durante o diálogo fraterno, foram abordados de forma abrangente os principais desafios relacionados ao acesso à água e ao saneamento na Colômbia, bem como o impacto dos modelos extrativistas no habitat e na qualidade de vida das comunidades amazônicas.
O vice-ministro Libreros apresentou as prioridades do governo colombiano em relação à água e ao saneamento, em particular a necessidade de fechar as lacunas para as populações mais vulneráveis, destacando o caso emblemático do Rio Atrato, legalmente reconhecido como sujeito de direitos.
Por sua vez, a CEAMA compartilhou a visão de uma ecologia integral inspirada no Sínodo para a Amazônia, que propõe novos caminhos para a Igreja e uma ação comprometida em defesa da nossa Casa Comum. Foi destacada a contribuição que o Instituto Universitário da Água pode oferecer na criação de espaços de conhecimento, difusão e gestão nessa área.
“O acesso à água é fundamental para a inclusão social e para a justiça hídrica, que também é justiça social”, enfatizou a reunião. Além disso, concordou-se que o acesso equitativo à água deve ser um pilar fundamental do planejamento territorial, com uma visão que respeite a interconexão de todos os elementos do território amazônico.
Esse diálogo abriu novas perspectivas de articulação entre ministérios, academia e CEAMA, em prol de políticas públicas que respondam às necessidades dos povos indígenas, afrodescendentes, ribeirinhos, quilombolas e outras comunidades amazônicas.
O encontro foi encerrado com o compromisso de continuar construindo espaços de cooperação, compartilhando boas práticas e promovendo o acesso digno e universal à água, como um caminho concreto para o cuidado da vida e da Casa Comum na Amazônia.