No âmbito do 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), Rede Amazônica de Educação Intercultural Bilíngue (REIBA) e Programa Universitário Amazônico (PUAM)., unimo-nos ao apelo da Igreja universal para comunicar com esperança, especialmente de e para os territórios amazônicos, onde comunicação é vida, é conexão, é resistência.
A Amazônia não é apenas um bioma vital para o planeta; é também um território simbólico onde línguas, culturas, espiritualidades e lutas se entrelaçam. Nesse contexto, Comunicar não é apenas transmitir informação, mas sim tecer redes de solidariedade, levantar a voz do povo, denunciar injustiças e anunciar caminhos para uma vida digna e o cuidado da nossa Casa Comum.
Ouça antes de falar
Em consonância com a mensagem do Papa Francisco para este dia, recordamos que Uma boa comunicação nasce da escuta profunda. Ouvir a Amazônia é abrir o coração aos seus gritos: o grito da terra ferida pelo extrativismo, a dor dos povos deslocados, mas também a sabedoria ancestral que cuida da vida e a espiritualidade que brota do simples, do comunitário, do sagrado na natureza.
Esperança que se comunica através da vida cotidiana
Comunicar com esperança não significa encobrir a realidade, mas sim veja com os olhos do Reino: Reconhecendo os pequenos sinais de transformação que florescem em meio à adversidade. Nas comunidades amazônicas, a esperança é comunicada por meio de canções, rituais, histórias orais, da resiliência das mulheres, do comprometimento dos jovens e da fé incorporada à terra.
Em tempos de desinformação e discurso de ódio, a comunicação é urgentemente necessária: ético, libertador e participativo, que fortalece a identidade dos povos indígenas e promove a interculturalidade. É neste contexto que os comunicadores amazônicos são chamados a estar pontes, semeadores de diálogo e construtores de paz.
A missão de comunicação da Igreja na Amazônia
Desde la CEAMA, REPAM, REIBA e PUAM, incentivamos o fortalecimento de espaços e redes de comunicação popular, comunitária e eclesial na Amazônia, promovendo uma narrativa que valorize o local, articular o regional e dialogar com o global. Comunicamos com esperança porque acreditamos que outra Amazônia é possível e porque sabemos que o Evangelho continua caminhando descalço e com ternura entre os povos que a habitam.Neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, reafirmamos o nosso compromisso de comunicar com alma, com rosto e com território, fazendo da palavra um ato de amor que transforma e humaniza.
