A Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) continua dando passos significativos em direção ao desenvolvimento de um Rito Amazônico, como expressão de uma Igreja com rosto amazônico, profundamente enraizada na espiritualidade, cultura e símbolos sagrados dos povos indígenas da região.
No dia 8 de maio foi apresentado na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Boliviana – San Pablo (Cochabamba) o Marco Geral do Rito Amazônico. Este é um documento básico que reflete o progresso alcançado no processo de discernimento litúrgico, teológico, espiritual e pastoral que a CEAMA vem promovendo com a participação de diversos atores eclesiais e comunidades amazônicas de todos os países.
Durante a conferência, o Pe. Agenor Brighenti (Coordenador do Núcleo de Rito Amazônico da CEAMA) e Dom Eugenio Coter, bispo do Vicariato Apostólico de Pando e (Núcleo de Rito Amazônico da CEAMA), compartilharam o status atual do processo, destacando a importância de um rito que, a partir dos usos e costumes dos povos ancestrais, encarne o Evangelho no coração da Amazônia e responda ao clamor por uma liturgia mais encarnada, participativa e contextualizada.
A CEAMA, como um novo organismo de comunhão eclesial na região, estabeleceu uma comissão para continuar esse processo em diálogo com comunidades indígenas, líderes pastorais, teólogos e especialistas litúrgicos, em uma dinâmica profundamente sinodal e missionária.
Este caminho não é apenas uma resposta pastoral, mas também um sinal de esperança e respeito aos povos amazônicos, que buscam expressar sua fé em Cristo por meio de suas próprias línguas, símbolos, canções, gestos e formas de celebrar a vida.
“A Igreja precisa se deixar evangelizar pela sabedoria ancestral de seus povos”, enfatizaram os palestrantes, reafirmando que o Rito Amazônico é parte integrante da conversão eclesial que o Espírito exige de nós.