Na vasta região amazônica, onde os rios são caminhos e a floresta é o lar, a juventude pulsa como um novo coração, impulsionando a vida, a identidade e o compromisso. Neste 12 de agosto, em sintonia com o tema global “Ações Locais da Juventude para os ODS e Além”, CEAMA, REPAM, REIBA e PUAM erguem suas vozes para reconhecer o papel decisivo da juventude amazônica na defesa da nossa Casa Comum, na preservação de culturas e na construção de um futuro justo e sustentável.

Esperança que brota das raízes

A esperança dos jovens da Amazônia não é ingênua nem superficial: ela nasce de um profundo apego ao seu território, da sabedoria transmitida pelos avós e líderes comunitários e do desejo de que seu povo continue existindo com dignidade.

São jovens que falam línguas indígenas, que conhecem os caminhos da floresta e os segredos do rio e que, ao mesmo tempo, usam celulares, redes e ferramentas digitais para contar ao mundo sobre as ameaças e os sonhos de suas terras. Sua esperança é ativa: ela se traduz em projetos comunitários, liderança em lutas territoriais e uma resistência que se recusa a desistir.

Desafios que clamam por atenção

Contudo, a vida dos jovens na Amazônia é marcada por desafios complexos:

• Ameaças ao seu território e cultura devido ao extrativismo, ao desmatamento e à poluição da água.

• Limitações na educação e nas oportunidades de emprego forçam muitos a migrar, enfraquecendo a estrutura da comunidade.

• Violência e criminalização de lideranças juvenis, especialmente aquelas que se manifestam em defesa dos direitos humanos e ambientais.

• Risco de perda da identidade cultural diante dos modelos de homogeneização e consumo impostos de fora.

Apesar dessas dificuldades, os jovens estão se organizando, criando redes de apoio e forjando alianças com movimentos sociais, organizações religiosas e grupos internacionais.

Protagonistas de uma mudança que começa localmente

O Dia Internacional da Juventude de 2025 enfatiza a ação local, e na região amazônica isso tem um significado especial: a transformação global só será possível se ações concretas vindas das comunidades forem ouvidas e apoiadas.

Jovens indígenas, ribeirinhos, afrodescendentes, rurais e urbanos estão liderando iniciativas que abordam os ODS a partir de sua própria perspectiva:

• Reflorestamento e proteção de bacias hidrográficas.

• Programas de educação intercultural bilíngue.

• Oficinas de comunicação comunitária e estações de rádio para jovens.

• Projetos de economia solidária que fortalecem a autonomia familiar.

Um apelo à corresponsabilidade

Como CEAMA, REPAM, REIBA e PUAM, reafirmamos nosso compromisso de apoiar, capacitar e empoderar jovens na Amazônia, fortalecendo suas lideranças e garantindo espaços onde suas vozes sejam ouvidas nas decisões que afetam suas comunidades.

Eles não são apenas o futuro: são o presente vivo de um bioma e de uma cultura de que o mundo inteiro precisa para sobreviver.

Neste Dia Internacional da Juventude, convidamos todos a se juntarem a esta rede de esperança e ação, a reconhecer o poder transformador da juventude amazônica e a caminhar juntos para que seus sonhos encontrem solo fértil e água limpa para florescer.

“Cuidar da Amazônia é cuidar do coração jovem da humanidade.”