A Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) se une à comemoração do Dia Internacional da Mulher Indígena, uma data que reconhece a luta, a resistência e a dignidade das mulheres dos povos originários ao longo da história.
Nesta ocasião, a CEAMA reúne a voz de Patricia Gualinga, líder kichwa de Sarayaku (Equador) e vice-presidente da Conferência, que ressalta que este dia é um lembrete das líderes que, desde os tempos da colonização, resistiram à opressão e à violência.
“Há mulheres fortes como Bartolina Sisa que resistiram e foram brutalmente assassinadas. Hoje, essa colonização se apresenta de diversas formas e as mulheres continuam sendo as que mais sofrem. Mas também há mulheres que estão na linha de frente, que lutam para proteger o território, contra as novas formas de colonização, como as indústrias extrativas. Defendemos a vida, transmitimos a cultura, conservamos os conhecimentos ancestrais, tornando possível um mundo melhor”, afirmou Gualinga.
A vice-presidente da CEAMA destacou que as mulheres indígenas amazônicas são um pilar fundamental na resistência, na luta e na transmissão dos conhecimentos ancestrais, lembrando que este dia reconhecido pelas Nações Unidas é um símbolo de resiliência, dignidade e princípios que as mulheres têm mantido em seus territórios.
A CEAMA, em comunhão com as Igrejas locais e os povos amazônicos, reafirma seu compromisso com a defesa da vida, dos territórios e da dignidade das mulheres indígenas, que são voz profética e memória viva na construção de uma Igreja com rosto amazônico e feminino.