Sínodo para Amazônia

Sínodo para Amazônia

A convocação do Papa Francisco para o Sínodo Especial da Amazônia em 2017 ressaltou a urgência de encontrar novos caminhos para a evangelização da Pan-Amazônia, uma região crucial para a biodiversidade global e para o equilíbrio ambiental. Composta por nove países e abrigando uma riqueza incomparável de recursos naturais, a Amazônia também é lar de milhões de pessoas, incluindo mais de três milhões de indígenas pertencentes a diversas comunidades étnicas.

Durante seu encontro em Porto Maldonado, Peru, o Papa Francisco destacou a importância de proteger a Amazônia e seus habitantes diante das crescentes ameaças econômicas e ambientais. O Sínodo, intitulado “Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e por uma Ecologia Integral”, buscou não apenas reconhecer as lutas históricas e atuais dos povos indígenas, mas também promover um diálogo que integre sua sabedoria ancestral com os desafios contemporâneos de justiça e sustentabilidade.

Este momento eclesial não se limitou à região geográfica, mas buscou inspirar uma reflexão global sobre o futuro do planeta, destacando a necessidade urgente de reconciliar o desenvolvimento socioeconômico com a preservação dos modos de vida indígenas e a proteção ambiental.

Novos Caminhos para a Igreja e a Ecologia Integral

Um Sínodo para CONHECER a riqueza do bioma, os saberes e a diversidade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos Indígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e esperanças.

Um Sínodo para RECONHECER as lutas e resistências dos Povos da Amazônia que enfrentam mais de 500 anos de colonização e de projetos desenvolvimentistas pautados na exploração desmedida e na destruição da floresta e dos recursos naturais;

Um Sínodo para CONVIVER com a Amazônia, com o modo de ser de seus povos, com seus recursos de uso coletivo compartilhados num modo de vida não capitalista adotado e assimilado milenarmente.

Um Sínodo para DEFENDER a Amazônia, seu bioma e seus povos ameaçados em seus territórios, injustiçados, expulsos de suas terras, torturados e assassinados nos conflitos agrários e socioambientais, humilhados pelos poderosos do agronegócio e dos grandes projetos econômicos desenvolvimentistas.